sexta-feira, 23 de julho de 2010

Columbine: De quem é a culpa?

Ensaio publicado em 1999 na revista Rolling Stone. Manson fala sobre a culpa que colocaram sob ele em relação ao caso Columbine e como a mídia e sociedade Americana lidam com a morte das pessoas.
Leia abaixo esse ótimo e reflexivo texto:

É triste pensar que as primeiras pessoas na Terra não precisaram de livros, filmes, jogos ou músicas para inspirar o assassinato a sangue frio. O dia que Caim feriu o cérebro de seu irmão Abel, a única motivação que ele precisou foi sua própria disposição humana para a violência. Se você interpreta a Bíblia como literatura ou como a palavra final do que quer que Deus seja, o Cristianismo tem nos dado a imagem de morte e sexualidade que baseamos nossa cultura. Um homem seminu pendura-se na maioria das casas e ao redor de nossos pescoços, e apenas temos que aceitar isso para as nossas vidas. É um símbolo de esperança ou desespero? O assassinato-suicídio mais famoso do mundo também foi o nascimento do ícone da morte – a cópia heliográfica para a celebridade.



Infelizmente, para todos aqueles que inspiram moralidade, em nenhum lugar dos Gospels a inteligência é louvada como uma virtude.

Muitas pessoas esquecem ou nunca percebem que eu comecei minha banda como uma crítica desses problemas de desespero e hipocrisia. O nome "Marilyn Manson" nunca celebrou o triste fato de que a América coloca assassinos na capa da revista Time, dando a eles tanta notoriedade quanto nossas estrelas de cinema favoritas. De Jesse James até Charles Manson, a mídia, desde seu começo, transformou criminosos em heróis. Eles criaram mais dois quando colocaram as fotos de Dylan Klebold e Eric Harris na capa de cada jornal. Não fique surpreso se cada criança que é maltratada, tenha dois novos ídolos.

Nós aplaudimos a criação de uma bomba cujo propósito é destruir toda a humanidade, e crescemos observando os cérebros de nossos presidentes espalhados por todo o Texas. Os tempos não ficaram mais violentos. Eles apenas tornaram-se mais televisados. Alguém acha que a Guerra Civil foi, pelo menos, um pouco civil? Se a televisão já existisse, você poderia ter certeza que eles estariam lá para cobrir, ou talvez até participado, igual à violenta perseguição de carros da Princesa Di. Abutres nojentos procurando por cadáveres, explorando, fodendo, filmando e servindo para o nosso apetite faminto em um espetáculo ganancioso da estupidez humana sem fim.

Quando se trata de quem culpar pelos assassinatos em Littleton, Colorado, jogue uma pedra e você atingirá quem é culpado. Somos as pessoas que sentam e toleram crianças tendo armas, e somos quem sintoniza e assiste os detalhes do que elas vão fazer com as armas. Acho terrível quando alguém morre, especialmente se é alguém que você conhece e ama. Mas o que é mais ofensivo é que quando essas tragédias acontecem, a maioria das pessoas não se importam mais do que com a última temporada de Friends ou The Real World. Eu fiquei sem palavras enquanto assistia a mídia atacando, não perdendo uma lágrima sequer, entrevistando os parentes das crianças mortas, televisando os funerais. E então veio a caça às bruxas.

O maior medo do Homem é o caos. Era impensável que essas crianças tenham uma simples razão para suas ações. E então um bode expiatório foi necessário. Lembro de ouvir as primeiras notícias de Littleton, que Herris e Klebold estavam usando maquiagem e vestidos como o Marilyn Manson, cujo eles, obviamente, deviam adorar, uma vez que estavam usando preto. Claro, a especulação virou uma bola de neve em me fazer o garoto propaganda de tudo de ruim que acontece no mundo. Esses dois idiotas não estavam usando maquiagem, e eles não estavam vestidos como eu ou como góticos. Uma vez que a classe média não tenha ouvido falar das músicas que eles escutavam (KMFDM e Rammstein, entre outros), a mídia escolheu alguém que eles pensaram ser semelhante.

Jornalistas responsáveis disseram com menos publicidade que Harris e Klebold não eram fãs de Marilyn Manson – que eles nem gostavam da minha música. Mesmo se eles fossem fãs, isso não justifica, nem significa que a música é para ser culpada. Nós procuramos pela inspiração de James Huberty quando ele abateu pessoas no McDonald's? O que Timothy McVeigh gostava de assistir? E David Koresh, Jim Jones?


Vocês acham que o entretenimento inspirou Kip Kinkel, ou deveríamos culpar o fato de que seu pai trouxe a ele as armas que ele usou nos assassinatos em Springfield, Oregon? O que inspira o Bill Clinton a explodir pessoas em Kosovo? Foi algo que a Monica Lewinski disse a ele? Não é morte por morte, independente se é no Vietinã, Jonesboro, Arkansas? Por que justificamos um, apenas porque parece ser pelos motivos certos? Deveria ter um motivo certo? Se uma criança é madura o suficiente para dirigir um carro ou comprar uma arma, ela não é madura o suficiente para ser pessoalmente responsável pelo que ela faz com o carro ou arma? Ou se ela é adolescente, alguém mais deveria ser culpado porque ela não é tão iluminada quanto um de dezoito anos?

A América adora encontrar um ícone para colocar a culpa. Mas, confessamente, assumi o papel de Anticristo. Eu sou a voz da individualidade dos anos Noventa, e as pessoas tendem a associar qualquer um que tem a aparência e se comporta de uma forma diferente com atividade imoral ou ilegal. Basicamente, a maioria dos adultos odeia pessoas que vão contra ao que é natural. É engraçado que as pessoas são tão inocentes ao ponto de terem esquecido Elvis, Jim Morrison e Ozzy tão rapidamente. Todos eles eram sujeitos aos mesmos velhos argumentos, vigilância e prejuízo. Eu escrevi uma música chamada Lunchbox e alguns jornalistas interpretaram como uma música sobre armas. Ironicamente, a música é sobre ser provocado e lutar com minha lancheira do Kiss, que eu usei como arma no primário. Em 1979, as lancheiras de metal foram banidas por serem consideradas armas perigosas nas mãos de delinquentes. Também escrevi uma música chamada Get Your Gunn. O título é escrito como dois “n” porque a música foi uma reação ao assassinato do Dr. David Gunn, que foi morto na Flórida por ativistas pró-vida enquanto eu estava morando lá. Essa foi a hipocrisia definitiva que eu testemunhei enquanto crescia: Que essas pessoas mataram alguém em nome da “pró-vida”.


As mensagens, de alguma forma, positivas dessas músicas são, geralmente, as que os sensacionalistas interpretam de forma errada e promovem justamente as coisas que eu deprecio. Neste momento, todo mundo está pensando em como eles podem prevenir coisas como Littleton. Como você previne AIDS, guerra mundial, depressão, acidentes de carro? Nós vivemos em um país livre, mas com essa liberdade há uma carga de responsabilidade pessoal. Antes de ensinar uma criança o que é moral e imoral, certo e errado, primeiro e mais importante, podemos estabilizar as leis que nos governa. Você sempre pode escapar do inferno por não acreditar nele, mas você não consegue escapar da morte e da prisão.

Não é uma surpresa que as crianças estejam crescendo mais cínicas; elas têm muita informação na frente delas. Elas conseguem ver que estão vivendo em um mundo que é feito de bobagens. No passado, havia a ideia de que você poderia virar e correr e começar algo melhor. Mas agora a América virou um grande shopping, e por causa da internet e toda a tecnologia que temos, não há para onde correr. As pessoas são as mesmas em todos os lugares. Às vezes a música, filmes e livros são as únicas coisas que nos deixa alguém se sentir como nos sentimos. Eu sempre tentei deixar as pessoas saberem que está tudo bem, ou melhor, se você não se encaixa no programa.


Use sua imaginação – se um nerd de Ohio virou alguma coisa, por que ninguém mais com força de vontade e criatividade pode?

Eu escolhi não seguir o frenesi da mídia e me defender, embora eu tenha sido implorado para estar em cada programa existente. Eu não queria contribuir com esses jornalistas em busca de fama e oportunistas procurando lotar suas igrejas ou ser eleito por causa do dedo honesto que aponta. Eles querem culpar o entretenimento? Não é a religião o primeiro real entretenimento? As pessoas usam fantasias, cantam músicas e dedicam-se em eterno fanatismo. Todos vão concordar que nada foi mais divertido do que Clinton atirando seu pênis e então suas bombas em uma real forma política. E as notícias – isso é óbvio. Então o entretenimento tem que ser culpado? Gostaria que os comentaristas da mídia se perguntassem isso, porque a cobertura do evento foi um dos entretenimentos mais repulsivos que qualquer um de nós já viu.
Acho que a National Rifle Association é muito poderosa para ser encarregada, então a maioria das pessoas escolhem o Doom, The Basketball Diaries ou eu. Esse tipo de controvérsia não me ajuda a vender álbuns ou ingressos, e eu não queria. Sou um artista controverso, que ousa ter uma opinião e se preocupa em criar músicas e vídeos para desafiar as ideias das pessoas em um mundo que está tão aguado e vazio. No meu trabalho eu examino a América em que vivemos, e eu sempre tentei mostrar às pessoas que o demônio que culpamos nossas atrocidades é, realmente, cada um de nós. Então não espere que o fim do mundo chegue um dia do nada – Tem acontecido todo dia há bastante tempo.



MARILYN MANSON
(28 de Maio de 1999)

http://www.mechanicalchristbr.com

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
 
Vinicius de Moraes

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Arte De Ser Feliz

Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia
ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma
espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para
as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos
magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes
encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que
pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Ás vezes, um
galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar,
cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de
cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem
diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a
olhar, para poder vê-las assim.


Cecília Meireles

terça-feira, 20 de julho de 2010

"Cantem outros a vida: Eu canto a morte"

Do bosque em flor e a luz do dia eterno...
Envoltos nos clarões fulvos do oriente,
Cantem a primavera: eu canto o inverno.

Para muitos o imoto céu clemente
É um manto de carinho suave e terno:
Cantam a vida, e nenhum deles sente
Que decantando vai o próprio inferno.


Cantem esta mansão, onde entre prantos
Cada um espera o sepulcral punhado
De úmido pó que há de abafar-lhe os cantos...


Cada um de nós é a bússola sem norte.
Sempre o presente pior do que o passado.
Cantem outros a vida: eu canto a morte...


Alphonsus de Guimarães

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Gloomy Shadows

Outro sonho vai virar a poeira,
Eu não posso mudar meu destino.
Estou condenado a lutar sozinho,
Contra essas sombras tristes.
Estou mergulhando neste sangrento oceano, Estou rendendo-me ao meu medo.
Nenhuma luz jamais me toca...
[...]
Neste mundo de agonia.
Outro sonho vai virar a poeira,
Eu não posso mudar meu destino.
Estou condenado a lutar sozinho,
Contra essas sombras tristes.

Gloomy Shadows (trecho)
Blutengel

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Romantismo

O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX.
O berço do romantismo pode ser considerado três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Porém, na França, o romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.
As características principais deste período são : valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.
Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram : amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.




O ROMANTISMO NO BRASIL


Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do pais. As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso pais e o cotidiano popular.
No ano de 1836 é publicado no Brasil Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães. Esse é considerado o ponto de largada deste período na literatura de nosso país. Essa fase literária foi composta de três gerações:


1ª Geração - conhecida também como nacionalista ou indianista, pois os escritores desta fase valorizaram muito os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como " bom selvagem" e, portanto, o símbolo cultural do Brasil. Destaca-se nesta fase os seguintes escritores : Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre e Teixeira e Souza.

2ª Geração - conhecida como Mal do século, Byroniana ou fase ultra-romântica. Os escritores desta época retratavam os temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores deste período morreram ainda jovens. Podemos destacar os seguintes escritores desta fase : Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.


3ª Geração - conhecida como geração condoreira, poesia social ou hugoana. textos marcados por crítica social. Castro Alves, o maior representante desta fase, criticou de forma direta a escravidão no poema Navio Negreiro.

"Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti — as noites eu velei chorando
Por ti — nos sonhos morrerei sorrindo!"
Alvares de Azevedo

"Meu triste coração, é tempo, dorme,
Dorme no peito meu!
Do último sonho despertei e n’alma
Tudo! tudo morreu!"
Alvares de Azevedo


"Feliz daquele que no livro d’alma
Não tem folhas escritas
E nem saudade amarga, arrependida,
Nem lágrimas malditas!"
Alvares de Azevedo

terça-feira, 6 de julho de 2010

Hydra - Hidra

A Hidra de Lerna era um animal fantástico da mitologia grega, filho dos monstros Tifão e Equidna, que habitava um pântano junto ao lago de Lerna, na Argólida, costa leste do Peloponeso. A Hidra tinha corpo de dragão e nove cabeças de serpente (algumas versões falam em sete cabeças e outras em números muito maiores) cujo hálito era venenoso e que podiam se regenerar.
Na mitologia enfrentar a Hidra de Lerna era um problema para os gregos. Cada uma de suas cabeças podia se regenerar quando cortada, o que significa que elas cresciam assim que eram arrancadas.A Hidra foi Morta por Hercules em um de seus 12 trabalhos.

"Cortem-me a cabeça
Ela crescerá mais forte
Eu sou a HIDRA!
Agora vocês verão a nossa estrela"
(Antichrist Superstar - Marilyn Manson)



Na Biblia

E vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia.
E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.
E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.
E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?
E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses.
E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.
E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.Se alguém tem ouvidos, ouça.
Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos.
(Livro de Apocalipse cap.13)